Esclarecendo os fatos. Na última
terça-feira (07/02), a senhora Antônia dos Santos, moradora da Rua São João, no
Bairro do Engenho, procurou o Hospital Geral de Pedreiras, sentindo dores que
indicavam necessidade de trabalho de parto. O médico obstetra estava na sala de
cirurgia realizando um procedimento, e a mesma foi atendida por uma acadêmica
do curso de medicina, que está estagiando na unidade hospitalar. A mesma
atendeu a paciente e a liberou para retornar à sua residência. No entanto, ao
chegar em sua casa ela começou a sentir dores, vindo a ter o parto em ambiente domiciliar.
Após o parto, a direção do
hospital foi acionada pelos vizinhos e familiares, então disponibilizou transporte
e a reconduziu à unidade para o acompanhamento do caso. Várias versões foram
dadas ao acontecimento, tanto por populares quanto pela imprensa local, dentre
as quais algumas que constavam que a paciente teria feito o parto em cima de
uma moto do serviço de mototaxi e outras versões.
Acompanhando atentamente o caso,
a Prefeitura de Pedreiras, por meio da Secretaria Municipal da Saúde direcionou
atenção especial ao caso, e assim a titular da pasta Karen Cynthia, designou o
diretor clínico Walber Filho e a diretora geral do Hospital, Elaine Costa
Bonfim, para juntos tomarem as providências necessárias.
Após acomodar e dar assistência
pós-parto à paciente, os gestores atenderam a imprensa para dar explicações à
sociedade. Lamentando o ocorrido, confirmaram o fato, e assumindo o lapso no
procedimento. “Felizmente nada de grave aconteceu, mas a acadêmica que atendeu
não poderia ter agido desta forma e nós tomaremos as medidas necessárias para
que o erro não se repita nem com ela e nem com os demais profissionais que
atuam naquela e nas outras unidades de serviços de saúde”.
“Os diretores Walber Filho e
Elaine, têm conversado com todos os médicos, enfermeiros, técnicos e
atendentes, enfim todos os servidores, no sentido de alertar sobre a forma de
atendimento e esse tipo de conduta, mas não tem como antecedermos certas
situações. A saúde é um corpo vivo, onde há aparelhos, equipamentos, mas são os
recursos humanos que dão vida àquilo tudo, que realmente fazem o trabalho de
salvar vidas, então requer uma atenção especial de todos e em regime integral,
porque uma escola pode adiar as aulas, mas um hospital não pode adiar um
atendimento”, disse.
A secretária ainda explica que,
“os profissionais são contratados mediante referências positivas de seus
trabalhos, de sua atuação, e que o caso específico partiu de uma acadêmica de
medicina, que atua há mais de um ano na unidade, por conta de um convênio com
uma instituição, que dá a ela o direito de estagiar, sem ônus para a
prefeitura, entretanto nenhum acadêmico pode fazer qualquer procedimento
sozinho, tem que ser acompanhado por um profissional já devidamente formado,
tem que ser monitorado, então, ela tomou uma decisão importante e infeliz, que
estava fora de seu alcance”.
Karen Cynthia ainda explicou como
ocorreram os fatos. “A senhora Antônia dos Santos era uma paciente multípara
(já teve mais de um filho de parto normal), esse foi o sétimo, e foi orientada
a voltar para casa, por orientação desta acadêmica, que alegou que o processo
de parto iria demorar. Como a paciente mora em local de difícil acesso de
veículos, ao subir o morro, todo o esforço teria acelerado o trabalho de parto,
e teve o recém-nascido em casa. Posteriormente foi buscada e levada ao
hospital, e tanto ela quanto a criança receberam todos os cuidados necessários
e estão bem”.
As medidas
“As medidas administrativas ainda estão sendo tratadas pela
direção da casa e pela secretária Municipal de Saúde, para que as providências
sejam tomadas, e principalmente para que não volte a acontecer”, explicou o
diretor clínico do Hospital Geral, Walber Filho.
Visita de Comissão Vereadores
Na tarde desta quarta-feira
(08/02) uma comissão formada pelos vereadores Totinho Sampaio, Didi Motos,
Zezinho do Amor e Adonias Quineiro, visitou a paciente no leito, constatando
que estava tudo normal. A própria paciente confirmou que está recebendo toda a
atenção devida, e disse que o prefeito Antônio França já tinha ido visitá-la pela
manhã e constatado que seu estado de saúde, e da criança, estava normal.
Ao final da visita o vereador
Totinho Sampaio, falou em nome da comissão. “Ficamos sabendo do caso,
procuramos o prefeito, ele nos deu esclarecimentos e viemos fazer uma visita à
senhora, que nos disse que está tudo bem, tanto com ela quanto com a criança.
Foi uma situação anormal, que esperamos que não venha mais acontecer.
Constatamos que pelo Hospital e pela Secretaria de Saúde já estão sendo tomadas
todas as providências no sentido de fatos como este não se repetirem”, disse o
parlamentar.
Humanização
O processo de humanização do
atendimento hospitalar é uma meta deste governo, e isso será cobrado de cada
servidor, de forma que o objetivo seja alcançado e possamos ver a população
sendo bem tratada. É uma determinação do prefeito Antônio França, pois entende
que no momento da dor é quando mais precisamos de carinho e acolhimento por
parte de todos que fazem parte do governo, e de forma ainda mais especial, das
equipes de saúde pública.
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