A cultura religiosa de matriz
africana comemora 19 de março como o dia de São José. Já na noite de 18, se
estendendo até a madrugada de 19/03 foi realizado na Tenda Espírita São José de
Ribamar, um tambor em homenagem ao santo. O ritual marca o fechamento das
correntes para a quaresma. O tambor foi organizado pelo chefe da tenda, o Pai
de Santo, Mestre Riba de Yansã, e a presidente da Fundação Pedreirense de
Cultura e Turismo – FUP, Francinete Braga, prestigiou a festa religiosa.
As religiões e cultos de matrizes
africanas foram incorporadas a cultura brasileira desde há muito, quando os
primeiros escravizados desembarcaram no país e encontraram em sua religiosidade
uma forma de preservar suas tradições, idiomas, conhecimentos e valores
trazidos da África.
A presidente da FUP explica o
aspecto cultural do ritual e da religiosidade. “Assim como tudo que fazia parte
deste universo, tais religiões – apesar de sua influência e importância na
construção da cultura nacional – também foram perseguidas e, em determinados
momentos históricos, até proibidas. Toda essa ‘ignorância’ com relação a essas
culturas gera um ambiente propício para intolerância, proporcionando sofrimento
aos praticantes e a todos aqueles que fazem parte da população negra, que tem
os seu direito de pertença e identidade racial muitas vezes negado em função do
racismo”, disse a gestora cultural.
Segundo Francinete Braga, a FUP é
predominante em suas relações das matrizes africanas, quebrando um tabu que
ainda predomina na sociedade e nas nossas mentes. A presidente afirma
compromisso de respeito não só no aspecto religioso, mas também cultural com as manifestações populares existentes em todo o município de Pedreiras.
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